CONCEÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DA PAISAGEM TRANSFRONTEIRIÇA DA MESETA IBÉRICA

A caracterização das unidades de paisagem da Meseta Ibérica conduz à conceção de estratégias para a gestão desta rede de paisagens com o objetivo da sua preservação e valorização. Para isso, desenvolveram-se as ações seguintes:

A3.1.-Diagnóstico visual das unidades de paisagem e as suas transformações

Para uma efetiva contribuição do projeto a estabelecer num enfoque de paisagem, as bases necessárias para abordar qualquer iniciativa dirigida à revitalização das comunidades locais e o seu entorno como parte da própria revitalização do carácter da sua paisagem, marcados pelas atividades agroecológicas e a sua localização transfronteiriça, sublinhados no diagnóstico tanto dos benefícios culturais, sociais e psicológicos para o bem-estar dos seus cidadãos e as consequências para o seu desenvolvimento futuro, como as ameaças vinculadas às suas transformações, com impactos significativos em fatores de qualidade paisagística da RBMI. Os valores socioeconómicos das unidades de paisagem na MI permitem identificar potencialidades e riscos associados às tendências de transformação, e definir objetivos específicos para o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. (Apesar da vivência da paisagem afetar o bem-estar social, a relação entre a paisagem e o bem-estar é um domínio que derivou o seu estudo ao aspeto económico, ignorando os aspetos ecológicos e de qualidade de vida).

A3.2. Propostas estratégicas de intervenção na gestão das paisagens da RBMI, como suporte do desenvolvimento sustentável deste território fronteiriço. Seleção de Políticas, Planos e Programas de gestão de paisagens da RBMI (geral, setorial e territorial para o território)      Ler mais…

A3.3. Ações piloto de custódia do território e voluntariado ambiental. Revitalização e readaptação de organizações complexas de gestão da paisagem. Sublinham as vinculadas à gestão de comunidades pelo seu enfoque cooperativo, face ao mercado competitivo, dado que os sistemas comunitários e de pecuária extensiva em estado de semi-abandono, forjaram esta paisagem agrária e são uma ferramenta de conservação que permitiria restaurar estes habitats em estado de degradação recuperando a sua função económica, ecológica e social.  –> Relatório voluntariado

A3.4.-Ações de Valorização socioeconómica da paisagem: Agroecologia como base do ecoturismo e outras atividades tradicionais. Reconhecendo na paisagem agroecológica da RBMI as forças para um eficaz aproveitamento económico da paisagem, estudaram-se os empreendimentos que facilitem a valorização deste recurso, destacando neste sentido o incentivo à reprodução das práticas tradicionais, como base do desenvolvimento endógeno. O turismo, uma das economias de crescimento mais rápido, é reconhecida no Programa como uma das atividades prioritárias para a dinamização do Douro, pela sua capacidade de geração de oportunidades e por oferecer vantagens competitivas e diferenciadoras, ao nascer sobre a base de espaços cujos valores realcem as tradicionais ou manifestações culturais sobre uma base física singular como a que oferece a RBMI. Mas esta atividade pode ter impactos significativo nas culturas locais, por isso o projeto propõe-se a reconduzir esta atividade para o ecoturismo, no qual o centro de atração se desloca dos elementos materiais e estéticos da paisagem aos imateriais e emocionais, através dos quais se cria uma empatia dos visitantes com os habitantes locais e os seus ritmos quotidianos de vida. Vinculado a este desenvolvimento endógeno a partir das atividades tradicionais, gera-se o incentivo às estruturas de mercados locais.

RESULTADOS:

  • Guia de boas práticas gestão de Paisagens da Meseta Ibérica.
  • Plano estratégico de gestão das paisagens da RBMI, como suporte do desenvolvimento sustentável deste território fronteiriço.
  • Estratégica de ecoturismo para a proteção das paisagens da RBM.

Transferência –>